Intertextualidade e Informatividade

Intertextualidade


''Intertextualidade  acontece quando há uma referência explícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer com outras formas além do texto,música, pintura, filme, novela etc. Toda vez que uma obra fizer alusão à outra ocorre a intertextualidade.
Apresenta-se explicitamente quando o autor informa o objeto de sua citação. Num texto científico, por exemplo, o autor do texto citado é indicado, já na forma implícita, a indicação é oculta. Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo, um saber prévio, para reconhecer e identificar quando há um diálogo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer afirmando as mesmas ideias da obra citada ou contestando-as. '' Disponível em : < www.infoescola.com>

Há pelo menos sete tipos de intertextualidade:

  • Epígrafe:
   Consiste em um texto inicial, que tem como objetivo abrir uma narrativa. É, portanto, um registro escrito introdutório utilizado como diretriz do discurso central por ser capaz de sintetizar de maneira modelar a filosofia do escritor.
A palavra ‘epígrafe’ tem origem no idioma grego e pode ser traduzida aproximadamente como ‘escrita na posição superior’. Essa modalidade de intertextualidade é utilizada quando um escritor se vale da passagem de uma obra prévia para dar início ao seu próprio enredo.


  • Citação: 
  É a referência a uma passagem do discurso de outra pessoa no meio de um texto, entre aspas e normalmente acompanhada da identidade de seu criador.

-Citação direta:
Trata-se de uma citação que, conforme a NBR 10520 (2002, p.2) revela ser a “Transcrição literal da parte da obra do autor consultado”. Nesse sentido, o recomendável é que todos os elementos textuais, tais como a ortografia, sinais gráficos, pontuação, entre outros, sejam rigorosamente respeitados, funcionando como uma espécie de cópia fiel das ideias reveladas pelo autor em questão.(Por Ana Lucia Santana )

-Citação direta curta
Tal modalidade deve obedecer ao limite máximo de três linhas, bem como deve ser inserida entre aspas no interior do parágrafo. Vejamos, pois, dois exemplos:
- Quando inserida no parágrafo: sobrenome do autor (ou dos autores), acompanhado da data e do número da página consultada.


-Citação direta longa
As citações diretas com mais de três linhas devem aparecer em um parágrafo distinto, com espacejamento simples de entrelinhas, recuo de 4cm da margem esquerda e descrito em fonte 10. 
Citação direta: citação da citação
Como o próprio nome já nos revela, trata-se da citação de parte de um texto encontrado em um determinado autor, referente a outro, visto que a esse outro não se pôde ter acesso. O recomendável é que se utilize somente quando não houver a possibilidade de acesso ao documento original. Assim, a indicação é feita pela expressão latina apud, cujo sentido se atém a “citado por”. No texto, tal modalidade deve ser retratada de seguinte forma: autor do documento não consultado, seguido da expressão latina apud(citado por), em formato normal (não expresso em itálico) e o autor da obra consultada.


-Citação direta: omissão
A omissão se caracteriza como um recurso utilizado quando não se faz necessário citar o texto de forma integral de um determinado autor. Contudo, torna-se imperioso que o sentido do texto original permaneça inalterado. No texto, tal recurso é sempre indicado por reticências (...) entre colchetes ([ ]).

-Citação indireta
A citação indireta se caracteriza como uma espécie de paráfrase das ideias de um determinado autor, ou seja, o pesquisador, por meio de suas próprias palavras, interpreta o discurso de outrem, contudo, mantendo o mesmo sentido. Outro aspecto que deve ser levado em conta é a necessidade de o autor (ou os autores) e o ano em que a obra foi publicada serem mencionados.(Por Vânia Maria do Nascimento Duarte ).




  • Paráfrase:
Ocorre quando o escritor reinventa, com instrumentos apropriados, um texto pré-existente, resgatando para o leitor sua filosofia originária. O termo provém do grego “para-phrasis”, que tem o sentido de reproduzir uma frase. Essa espécie de interação intertextual equivale a repetir um conteúdo ou um fragmento dele claramente, porém em outros termos, preservando sempre a concepção inicial.


  • Paródia:
Quando o autor se apodera de um discurso e, ao invés de avalizar o exemplar resgatado, opõe-se a ele de forma discreta ou explicitamente. Várias vezes ele desvirtua o discurso prévio, seja por desejar criticá-lo ou por querer tecer uma ironia.


  • Pastiche:
Há uma união de diversos conteúdos e o resultado é uma colcha de retalhos. Não é difícil de compreender: este recurso ocorre quando se realiza a combinação de um determinado texto com um ou mais discursos.



  • Tradução:
Esta intertextualidade é o ajustamento de um texto composto em outro idioma à língua falada no país onde a obra é traduzida. Por exemplo, quando um livro em francês é traduzido para o vernáculo espanhol.              

                                                          (Por:Ana Lucia Santana)

  • Referência:     
    A Referência é o ato de se mencionar determinadas obras, de forma direta ou indireta. (Por Ana Lucia Santana)




  • Alusão

   A  alusão é uma figura de linguagem que se vale da referência ou da citação de um evento ou de uma pessoa, concreta ou integrante do universo da ficção, denominada interlocutor. Ela é igualmente conhecida como ‘intertextualidade’ ou ‘polifonia.( Por Ana Lucia Santana)



Tipos De Alusão: 

1. Alusão Tópica ou Histórica, quando se refere a acontecimentos passados ou recentes.
2. Alusão Pessoal, quando o escritor menciona fatos relativamente notórios de sua própria existência.
3. Alusão Nominal, quando se refere a um nome próprio do conhecimento geral., Platão, Ulisses, Enéias, James Joyce.
4. Textual, quando se refere a textos preexistentes na tradição literária. 




Informatividade:



Informatividade nada mais é do que a medida na qual a ocorrência de um texto é conhecido ou não, esperado ou não pelo leitor.
Sua gradualidade é dada a partir de fatores básicos que norteiam a língua como: Por que , para que , e para quem escrevemos.
Digamos que há três níveis , o baixo , o satisfatório e o alto. O mais indicado é que um texto esteja no nível satisfatório, uma vez que este, além de mobilizar o repertorio cultural do leitor, ainda lhe traz informações novas, (.)Por outro lado, um nível alto pode acabar por confundir o leitor pelo excesso de informações , este pode acabar não processando todas as informações em um primeiro momento.
O texto deve partir do dado – conhecimento partilhado com o leitor – e progredir para o NOVO – informações novas – a fim de o leitor conseguir acompanhar o raciocínio do autor e a lógica das ideias e do texto. Assim, quando um texto apresenta apenas dado+dado= baixa informatividade, pois informa o que já é sabido e nada acrescenta. Novo+novo= alta informatividade, sem conhecimento prévio, o leitor não consegue construir sentidos por não compartilhar dos conhecimentos e informações presentes no texto, ou seja, prejudica a comunicabilidade. Dado+novo = nível satisfatório de informatividade.

Esse exemplo acima é um baixo grau de informatividade, visto que mediante a interação verbal não houve nada assim de tão importante a acrescentar ao conhecimento do leitor/ouvinte.



Nesse exemplo, agora demarcado por um grau médio de informatividade, figura-se nos textos de circulação social.



Nesse Texto,  alto grau de informatividade, costumam destinar-se a um público mais específico, pois se constituem de assuntos voltados para um repertório cultural mais bem elaborado, como é o caso dos textos científicos de uma forma geral.




     


                                                                           Referências :

MAGALHÃES, Denise .  significado de “pastiche” – intertextualidade com exemplo . 2012. Disponível em : http://linkconcursos.com.br/significado-de-pastiche>.


SANT’ANNA, Affonso Romano de. Paródia, paráfrase & Cia, 7.ed. São Paulo: Ática, 2000. Disponível em: <http://www.infoescola.com/portugues/intertextualidade-parafrase-e-parodia >.

Val, Maria da Graça Costa, Redação. 3 edição: São Paulo, Martins Fontes, 2006 SANT'ANNA, Afonso Romano de Paródia , paráfrase & Cia, 7.ed. São Paulo: Ática, 2000. 

SIMON, Maria Lucia Mexias. A contrução do texto coesão e corência textuais conceito de tópico. Disponível em :<http://www.filologia.org.br/revista/40suple/a_construcao_de_texto.pdf>. acesso em 08/09/2013 ás 15:14h.



Trabalho realizado por :
  • Bianca Cunha;
  • Felipe Araújo;
  • Felipe Amaral;
  • Kamila Cerqueira;
  • Lavínia Simões;
  • Luana Aquino;
  • Milena Reis;
  • Naiane Santos;
  • Rafael Sanderson;
  • Ricardo Alves;
  • Taís Lima;


 

2 comentários:

Unknown disse...

Muito útil e prática a informação sobre um assunto tão necessário a quem pretende fazer provas ou concursos, ou a quem se dedica ao ofício da escrita! Muito grato!

Prof. Noel

Unknown disse...

Muito útil e prática a informação sobre um assunto tão necessário a quem pretende fazer provas ou concursos, ou a quem se dedica ao ofício da escrita! Muito grato!

Prof. Noel

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